Boa tarde pessoal,

Neste domingo (22/08/2010) o Maracatu Bloco de Pedra  realizará um cortejo no Parque do Ibirapuera em comemoração aos 56 anos do parque a convite do Museu Afro. Com muita satisfação estamos divulgando as informações para os integrantes e todas as pessoas que queiram prestigiar este grande evento. Lembrando que especialmente nesta apresentação levaremos além do Estandarte do Maracatu Bloco de Pedra e do Museu Afro, 2 Estandartes de Nações de Maracatu e 2 Calungas do acervo do museu, ou seja, responsabilidade com a tradição e festa bonita!

Aos Integrantes do Bloco de Pedra:

Chegada no Alves: 09H00

Transporte: Teremos dois ônibus exclusivo para integrantes, o desembarque será no portão 10.
Camarim: Teremos um camarim onde deixaremos os nossos pertences e teremos uma breve conversa.
Teremos água durante o percurso do cortejo.
Figurino: Camiseta Vermelha e Calça/Saias Brancas conforme o padrão do grupo.
Inicio do cortejo: 11H00
Término:12H30

Sobre o Museu Afro

O Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura, vinculado à Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo, é um espaço de preservação e celebração da cultura, memória e da história do Brasil na perspectiva negro africana, assim como a difusão das artes clássicas e contemporâneas, populares e eruditas, nacionais e internacionais.

Localizado no Parque Ibirapuera, em São Paulo, foi inaugurado em 23 de outubro de 2004 e possui um acervo de mais de cinco mil obras. Parte das obras, cerca de duas mil, foram doadas pelo artista plástico e curador, Emanoel Araujo, idealizador e atual Diretor Curador do Museu.

A Biblioteca do museu, cujo nome homenageia a escritora, Carolina Maria de Jesus, possui cerca de 6.800 publicações com especial destaque em uma coleção de obras raras sobre o tema do Tráfico Atlântico e Abolição da Escravatura no Brasil, América Latina, Caribe e Estados Unidos. A presença negra africana nas artes, na vida cotidiana, na religiosidade, nas instituições sociais são temas presentes na biblioteca.

O museu mantém um sistema de visitação gratuita para todas as exposições e atividades que oferece; um Núcleo de Educação com profissionais que recebem grupos pré-agendados, instituições diversas, além de escolas públicas e particulares. Através do Núcleo de Educação também mantém o programa “Singular Plural: Educação Inclusiva e Acessibilidade”, atendendo exclusivamente pessoas com necessidades especiais e promovendo a interação deste público com as atividades oferecidas.

Localização

Endereço:

Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº

Pavilhão Padre Manoel da Nóbrega

Parque Ibirapuera – Portão 10

04094-050 – São Paulo – SP

Fonte:museu afro

Sobre as Calungas

CALUNGAS

A BONECA É DE CERAUm dos elementos sagrados do maracatu é a Calunga, também chamada de boneca, sempre presente ao cortejo das nações africanas, do qual se originou o nosso maracatu. Segundo esclarece Alberto da Costa e Silva 1: “Mantendo-se em segredo, os vínculos entre grupos ambundos, num segredo auxiliado pela ignorância dos senhores de escravos, tinham os chefes vendidos [escravos] de mostrar a fonte do seu poder – e já agora também penhor de unidade do grupo ao Brasil -, a calunga”.
Até os nossos dias a Calunga faz parte do ritual do maracatu, encarnando nos seus axés a força dos antepassados do grupo. Em sua honra são cantadas, ainda dentro da sede, as primeiras loas, quando a Calunga é retirada do altar pela dama-do- paço e passa às mãos da rainha, que a entrega à baiana mais próxima e assim se sucede, de mão em mão até retornar novamente às mãos da soberana.
No Maracatu Elefante, pesquisado entre1949-52 pelo musicólogo Guerra Peixe, três calungas se destacavam: Dona Emília, Dom Luís e Dona Leopoldina.
A boneca é de cera
É de cera e madeira
A boneca é de cera
É de cera e madeira

Para a calunga “Dona Emília” eram dedicadas as maiores atenções. A ela era entoada a primeira toada, referida acima, na cerimônia também denominada de “a dança da boneca”. A ela também eram consagrados os cânticos mais fortes: é essa principal boneca levada à porta da igreja de Nossa Senhora do Rosário; com ela o Maracatu Elefante dança diante dos terreiros (de xangô) visitados. É nas canções oferecidas a Dona Emília que os músicos executam o ritmo de Luanda – o toque “para salvar os mortos” ou eguns. 2

“Dom Luís”, segundo Guerra Peixe, representa “um rei africano”, sendo por isso considerado como “Rei do Congo” pelos membros do grupo, bem de acordo com a interpretação recente de Alberto da Costa e Silva (op. cit.); numa clara referência aos primórdios do folguedo, coincidindo com a crença de que os poderes da Calunga estariam ligados aos seus ancestrais africanos, como bem enfoca esta loa: “A bandêra é brasilêra/ Nosso reis veio de Luanda / Ôi, viva Dona Emília / Princesa Pernambucana”. fonte:maracatu.org.br

Calungas Expostas no Museu Afro

Esperamos você lá!

Axé

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